quinta-feira, 21 de junho de 2007

CHARQUEADAS ABRE CONCURSO PÚBLICO



O município de Charqueadas, que faz divisa com nossa cidade de Eldorado do Sul, abriu concurso público, que se estende à todos, moradores ou não do município. É uma excelente oportunidade para os eldoradenses que querem se tornar servidores públicos estáveis. Dentre os cargos que necessitam apenas do Ensino Médio estão os de Secretários de Escola, com salários de R$ 817,00 tendo outros benefícios, como vales. A matéria para o cargo de secretário de escola será apenas Português e Informática, o que é uma grande novidade e uma facilidade para o candidato, já que na maioria dos concursos exige-se também a matemática.

Há, ainda, cargos que não necessitam de Ensino Fundamental Completo e também cargos para nível superior.

As inscrições vão até o dia 04 de julho e a prova será aplicada no dia 19 de agosto. Ainda há bastante tempo para se preparar.

Para inscrever-se entre no seguinte endereço http://bonga.ufsm.br/concursos

Aproveite esta oportunidade.

Leonardo Pereira

quarta-feira, 13 de junho de 2007

RECORDAR É VIVER: PECADOS DA MÍDIA


No dia 28 de setembro de 1970, o general Emilio Garrastazu Médici cassou a concessão da TV Excelsior, emissora que foi líder de audiência nos anos 60 e que apoiou o governo de João Goulart. A Excelsior deu partida às telenovelas na tv brasileira e introduziu um padrão técnico que mais tarde seria copiado pela Globo. Atravessando dificuldades financeiras, a Excelsior teve sua concessão cassada pela ditadura. Depois do dia 28 de setembro de 1970, a programação continuou por mais dois dias em São Paulo e no Rio de Janeiro, até que o Ministério das Comunicações retirou o cristal responsável pelas transmissões. A maioria dos artistas que trabalhava na Excelsior foi para a Globo, que ainda engatinhava nas novelas. Com o fim da Excelsior e a crise da Tupi, a Globo passou a reinar praticamente sozinha. Inútil procurar por um editorial da Globo criticando a cassação da concessão da Excelsior. Aliada da ditadura militar, a empresa aproveitou o episódio para crescer.

A Excelsior chegou a deter mais da metade das ações da TV Gaúcha de Porto Alegre (inaugurada em 29 de dezembro de 1962), em composição com a família Sirotsky. Em 1964, 75% das ações da emissora são vendidas, devido a problemas financeiros ao grupo Simonsen, proprietário da Excelsior. Em 1968, Maurício Sirotsky conseguiu recuperar o controle da emissora, comprando-a de volta, integralmente. É desnecessário também procurar algum editorial do jornal Zero Hora, da RBS, criticando a cassação da concessão da Excelsior, em 1970. Fundado em 1964 para substituir o jornal Última Hora, também fechado pelo regime militar, Zero Hora apoiou a ditadura militar, inclusive com editoriais destacando o papel cívico do golpe de 1964. Seguindo os passos da Globo, a RBS lançou as bases para seu império empresarial no sul do país, beneficiando-se de suas relações com o regime militar. Ao final do período da ditadura, a RBS havia se tornado a principal empresa de comunicação da região Sul, em estreita parceria com a Globo.

Marco Weissheimer

quarta-feira, 6 de junho de 2007

O INCENTIVO QUE DEVASTA


É lamentável o que as grandes empresas vêm fazendo em nosso estado. Depois da saída da Dell, corporações do setor calçadista estão debandando do Rio Grande do Sul, deixando para trás milhares de desempregados e principalmente LIXO, muito LIXO, poluindo nossas terras e, principalmente, nossas águas.

Depois de matarem o Rio do Sinos, jogando por muitos anos seus dejetos industriais, que são um dos mais poluidores (curtume), depois de terem aproveitando o "incentivo fiscal" de cidades gaúchas que buscavam desenvolvimento, as empresas simplesmente "desistiram" e partiram para lugares mais convidativos ($$$), como Índia e China.

É lamentável e um prejuízo sem tamanho. O lucro que deram ao RS foi mínimo, comparado aos milhões de dólares que o estado terá de gastar para tentar revitalizar o Rio dos Sinos e todo o ecossistema à sua volta. É lamentável. É a combinação da degradação com o detrimento do bem público em favor do privado.

A nova moda agora é trazer o DESERTO VERDE para nossas terras. Querem plantar EUCALIPTO em toda a metade sul.
Eucalipto significa sugar toda a água do nosso subsolo, devido a grande quantidade que esta planta suga de água por dia (em torno de 40 litros por árvore). Querem plantar isso em todo nosso Estado. O que será de nós daqui a 30 ou 40 anos? Ficaremos sem água, ou seja, sem vida. Nosso estado está fadado a se transformar em um verdadeiro deserto.

Toda esta situação nos remete ao passado, quando a FORD desistiu de vir ao Estado na ocasião em que o governo Olívio não concordou em lhes entregar 400 milhões de reais dos cofres públicos. Hoje o povo pode entender melhor o que ocorreu: o cidadão foi colocado em primeiro lugar, e não o interesse de uma corporação e de seus lucros privados. Como já dizia nosso amigo Maquiavel: “Os fins justificam os meios.”

O que ganharemos com a vinda destas empresas de celulose? Nada. Cada hectare de plantação não emprega nem uma pessoa. Lucro? Não mesmo: o governo estadual dará é incentivos fiscais para as empresas de celulose aqui se instalarem confortavelmente, fabricando em solo gaúcho sua pasta de celulose, deixando mais poluentes em nossas terras. É lamentável o que o futuro nos reserva.

Leonardo Pereira

domingo, 3 de junho de 2007

ELDORADO ABRIRÁ CONCURSO PÚBLICO


Informações colhidas pelo Blog dão conta de que no final deste mês de junho sairá o edital de Concurso Público para vários cargos da Prefeitura Municipal de Eldorado do Sul. É uma ótima oportunidade para os jovens. Prepare-se!

Dica de estudo:

(cole os endereços no seu navegador para acessá-los)

Lei das Licitações (Lei nº 8.666)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm

Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei nº 101)
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp101.htm

Seguintes Artigos da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL:
Dos Direitos e Garantias Fundamentais – Art. 5° a 11
Da nacionalidade – Art. 12 e 13.
Da Organização do Estado – Art. 29 a 41.
Da Organização dos Poderes – Art. 44 a 75

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituiçao.htm

Quem começa a se preparar agora, com certeza tem duplicadas as chances de se tornar um funcionário público estável da prefeitura de Eldorado do Sul. Lembre-se de que não há necessidade de decorar artigos (números de artigos). O que interessa para a prova é apenas o conteúdo do que você estiver lendo. Portanto, se você tem mais de 18 anos, mãos a obra!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

"INSÍPIDA, INODORA E INCOLOR"


O anunciado fechamento de 20 unidades de uma das mais tradicionais fabricantes de sapatos do país, a Calçados Reichert (matriz em Campo Bom, no Vale do Sinos), vai criar profundas dificuldades para muitos municípios pequenos do Estado. A empresa está entre as maiores exportadoras de calçados do país, não possui marca própria (só monta para outras marcas) e emprega cerca de 5.500 sapateiros. Em Crissiumal, por exemplo, a Reichert mantém 600 empregados e é responsável por cerca de 50% das carteiras assinadas do município. Situação semelhante vivem municípios como Boa Vista do Buricá, Humaitá e outros que reclamam do mutismo de Yeda em relação à crise. Em reunião na Famurs, na última quinta, o ex-deputado estadual e atual prefeito de Campo Bom, Giovani Feltes (do aliado PMDB), num discurso emocionado, não poupou a governadora classificando-a de “insípida, inodora e incolor”.

Prefeitos de Rolante (Pedro Rippel - PDT), Três de Maio (representado pelo vice Alceu Stein), o próprio presidente da Famurs, Glademir Aroldi (Saldanha Marinho - PP) e Flávio Lammel (Victor Graeff - PDT), consideraram insuportável a omissão do governo do Estado diante da crise do setor calçadista. As queixas são muitas, do transporte escolar aos serviços de saúde, mas a unanimidade é a retenção dos créditos de exportação que Yeda já avisou que não liberará tão cedo. Só de Crissiumal, a retenção atinge 500 mil reais. "A liberação desse dinheiro salvaria a minha vida", desabafou o prefeito Walter Heck (PSB). Sobraram também muitas críticas à morosidade com que o governo federal vem se movimentando para aplacar a crise do setor. De Brasília, os calçadistas esperam a desoneração do PIS/Confis e medidas complementares mais fortes como uma taxação ainda maior sobre as importações de produtos chineses.

Mas o que chamou mesmo a atenção foi a forte crítica à Yeda que, afinal, sequer honrou a primeira parcela do acordo para o repasse aos municípios, das verbas do transporte escolar. A propósito, sobre isso, a Famurs já pensa em ingressar na Justiça contra o governo do Estado. A crise do calçado passa pela questão do câmbio, sem solução a vista no curto prazo. Daí que só se pode pensar em medidas compensatórias para as empresas exportadoras, solução que, aliás, alguns economistas rechaçam porque, segundo eles, privilegia a incompetência. O setor calçadista, contudo, precisa de atenção especial pelo fato de ser um dos que mais emprega no país. Mas vale lembrar que Lei Kandir e câmbio livre foram pautas amplamente defendidas por todo o setor empresarial durante muito tempo. Eles sempre confiaram que o mercado regularia tudo. Pois o mercado está regulando. (Maneco)

Marco Weissheimer